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Ferrovia até Cuiabá depende de aval do TCU sobre concessão; trecho custa R$ 2 bi


A discussão em torno da ferrovia até Cuiabá voltou à tona na última semana, com a primeira reunião desta legislatura da comissão de Infraestrutura do Senado, na qual os senadores por Mato Grosso foram unânimes na defesa da construção do modal até a Capital. O assunto se arrasta por 40 anos e agora é primeira vez que chega mais próximo de se tornar realidade.

Com uma perspectiva de investimento que demandará cerca de R$ 2 bilhões para fazer um trajeto de 280 km de Rondonópolis até Cuiabá, e pelo menos mais R$ 4 bilhões da Capital até Sorriso, em um trajeto de aproximadamente 400 km, a Rumo, que é a empresa que detém a concessão da ferrovia, pediu em contrapartida ao Governo Federal que, para realizar o investimento, seja antecipada a concessão, que encerra em 10 anos, para mais 35 anos.

Os valores serão privados, da própria concessionária, que poderá ou não realizar financiamento público por meio do BDNES, o banco de fomento nacional. Isso porque, antes de investir no trajeto de Rondonópolis até Sorriso, passando por Cuiabá, a Rumo precisará aplicar cerca de R$ 5 bilhões em São Paulo, para que seja viável ampliar o volume de transporte de Mato Grosso até o porto de Santos (SP), fazendo melhorias na ferrovia já existente naquele Estado.

De acordo com o presidente do Fórum Pró-Ferrovia Cuiabá, Francisco Vuolo, a expectativa é de que ainda este ano já exista uma resposta concreta em relação à construção do modal até Cuiabá. Tudo dependerá do Tribunal de Contas da União (TCU), que emitirá a autorização ou não para que a antecipação de renovação da concessão da ferrovia da Rumo seja feita o mais rápido possível.

Vuolo explica que de concreto, em relação à construção da ferrovia até Cuiabá, existe um estudo de viabilidade econômica feito pela Rumo, e que foi protocolizado na Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). “A questão de viabilidade econômica já foi superada. Hoje é plenamente possível a ferrovia chegar até Cuiabá. Uma das características do modal na Capital será para o transporte de produtos industrializados que deverão chegar e sair de Cuiabá, diferente de Rondonópolis, onde a principal carga que sai são commodities”.

Em Rondonópolis, a ferrovia já recebe transporte de materiais para construção, produtos para abastecimento de atacados, entre outros materiais, cujo consumo é 80% em Cuiabá, razão que tem motivado a Rumo em querer levar o investimento para a principal cidade do Estado.

Caso o TCU avalize a antecipação de renovação da concessão da Rumo, ainda em 2019, a empresa já se comprometeu em entregar os projetos de expansão da ferrovia, o que geraria um prazo de construção entre três e cinco anos. “Como se trata de uma empresa privada, certamente será célere a construção, pois cumprem rigorosamente o cronograma de investimento”, defende Vuolo.


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