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Entidades buscam apoio de ministro para estender ferrovia a Cuiabá e a Sorriso


O Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá e a Fiemt promoveram nesta quarta-feira uma reunião para tratar da extensão dos trilhos da ferrovia Senador Vicente Vuolo de Rondonópolis a Cuiabá e também a Sorriso. Na pauta estava a definição do apoio à empresa que detém a concessão da ferrovia, a Rumo Logística, nas negociações que definem a viabilidade do empreendimento.


Uma audiência como o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, será agendada para o início de abril, para levar a demanda ao conhecimento do Governo Federal, de modo a obter apoio da solução de um dos principais gargalos para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso: a logística de transportes, tanto para o escoamento da produção quanto para a chegada de insumos e produtos de fora.

A Rumo Logística já manifestou a disposição em construir e extensão da ferrovia. Porém, esse investimento está atrelado à duplicação de outro trecho cuja concessão também pertence à Rumo: a chamada Malha Paulista, que liga Rondonópolis ao porto de Santos (SP). Essa duplicação seria fundamental para dar suporte ao aumento do fluxo ferroviário em Mato Grosso, que pressionaria a Malha Paulista. Porém, por se tratar de um investimento na casa de R$ 5 bilhões, a Rumo busca uma saída para garantir que o prazo de concessão dessa malha seja prorrogado por mais 35 anos. Em tese, essa negociação só poderia acontecer daqui a 10 anos, prazo original para extinção da concessão.

Uma das preocupações da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) é justamente garantir que uma eventual prorrogação da concessão à Rumo esteja vinculada também à extensão dos trilhos em território mato-grossense – uma obra cujo investimento alcança a marca de R$ 6,5 bilhões. “Sabemos que a duplicação da Malha Paulista é fundamental, não temos nenhum questionamento quanto a isso. Porém, entendemos que o apoio do setor produtivo mato-grossense a esse pleito só faz sentido se houver a garantia da chegada da ferrovia à capital e também sua extensão ao norte do Estado”, pondera o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura e Logística da Fiemt, José Alexandre Schutze.

O presidente do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, Francisco Vuolo, lembra que a ferrovia em Cuiabá seria um modal indutor de desenvolvimento. “A ferrovia não serve só para exportar, mas para trazer – ela gera empregos, impostos, traz desenvolvimento”, lembra. Ele destacou a importância do apoio declarado da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) ao traçado da ferrovia contemplando a capital, ainda que a produção de grãos não se concentre na região da baixada cuiabana.

Toda a negociação dependerá de apoio político e do posicionamento de órgãos como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Tribunal de Contas da União (TCU). O presidente da Fiemt, Gustavo Oliveira, reforçou que a federação está acompanhando a discussão técnica sobre o melhor ponto de passagem dos trilhos pela capital e aguardando o parecer do TCU sobre o modelo apresentado.

Participaram da reunião o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Social, Celso Banazeski, o vice-prefeito de Cuiabá, Niuan Ribeiro, a presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá, Margareth Buzetti, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Nelson Soares, o diretor do Porto Seco de Cuiabá, Francisco Antônio de Almeida, bem como representantes de entidades como o Sindicato das Indústrias da Construção (Sinduscon), Federação Matogrossense das Associações de Moradores de Bairros (FEMAB), Trade do Turismo, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) e outras.


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