top of page

'Ferrovia foi impedida de chegar à Cuiabá pelos barões do agronegócio'



Nesta segunda-feira (15), em entrevista a TV Vila Real o senador recém-eleito, o democrata Jayme Campos, defendeu a taxação aos produtores de soja, milho e algodão em Mato Grosso.


Líder absoluto de votos em Várzea Grande, mas mesmo com 483,1 mil votos, o ex-governador foi surpreendido, nestas eleições, com a votação da ex-juíza Selma Arruda [678.542 - 24,65% dos válidos], que durante toda a campanha aparecia na disputa pela segunda vaga [já que teve dias vagas ao Senado da República em Mato Grosso].


Revelando o equívoco dos números divulgados pelos institutos de pesquisas, sem exceção, que o colocava na frente desde o início da campanha.


E ainda viu na contagem de votos, seu companheiro de coligação, o social democrata Carlos Fávaro, que obteve 434.972 votos (15,80% dos votos válidos), surpreendentemente, se aproximando muitas vezes da contagem dos seus votos. Fávaro foi um dos candidatos que representou o agronegócio no Estado.


Ex-governador e senador, o parlamentar que volta a Senatoria, não poupou nesta segunda o Agronegócio, ao fazer a defesa de taxação ao setor e, em particular, aos produtores de soja, milho e algodão.


Ainda alertando ao companheiro de sigla e, igualmente, vitorioso nas urnas, o novo governador, Mauro Mendes [ que abocanhou 840.094 votos (58,69% dos votos válidos], para que não se torne refém dos “barões do agronegócio”. Claro, em se tratando de cobrar impostos, em um Estado que precisa ser oxigenado financeiramente.


'Todos sabemos que a parte o discurso dos produtores que teimam em dizer que 99% da produção de soja vão para exportação, mas sabemos que boa parte disso fica no mercado interno. E não é só essa atividade, existem outras que fazem do mesmo jeito e não pagam quase nada'.


Assim, aconselhando Mendes a se mirar no exemplo de Mato Grosso do Sul, onde uma lei exige que 35% do que é produzido pelos setor deve ser comercializado internamente. 'Desta forma, como qualquer cidadão comum deverão pagar os imposto. Paralelamente, Mauro poderá ganhar fôlego, em nível de recursos, para uma das área fracas atualmente no Estado, a saúde'.


Ainda lembrando que o setor produtivo vem construindo grandes riquezas sem, no entanto, contribuir com a arrecadação do Estado, por conta da Lei Kandir que isenta os produtos exportados.


'Tenho me perguntado sobre a participação desse setor na receita do Estado? Eles não pagam coisíssima alguma. E tem que cobrar, não tem muita saída para MT. O setor do algodão, a margem de lucro aqui em R$ 15 mil por hectare de produção. Não pagam nada. A lei Kandir favorece o setor. Estão livres de pagarem ICMS, PIS, Confins. Sou favorável que paguem e se depender de Jayme Campos serão taxados'.


Desta forma, ainda revela Campos, o setor também deverá parar de jogar a responsabilidade da crise apenas nos servidores públicos. Mesmo que ele [Jayme] acredite na necessidade de cortes de cargos e redução de órgãos e secretarias.'A reforma administrativa, como todo o resto, são alternativas de arrecadar mais'.


'Os barões e tubarões do agronegócio têm que pagar impostos sim. Pois criaram uma espécie de Apartheid político.Como realizei minha campanha com recurso próprio, para não dizer que estava no bolso de qualquer pessoa ou segmento, posso agora dizer, igualmente, que serei um senador independente'.


Ainda confirma Jayme Campos, que prova deste Apartheid é a Ferrovia de Rondonópolis, que só não chegou em Cuiabá por interferência desses produtores.


'Tem um grupo de empresário - um ou dois barões metidos a bacanas -, que não querem que a Ferrovia chegue a Cuiabá. Sabe por que? Porque isso vai interferir nos negócios deles aqui. Não quer a Ferrovia em Cuiabá”, ainda disse.


Em Destaque
Notícias da Ferrovia
Search By Tags
Nenhum tag.
Follow Us
  • Facebook Classic
  • Twitter Classic
  • Google Classic
bottom of page