top of page

Fórum em Nova Mutum vai debater integração de modais e ferrovias em MT



A extensão da ferrovia Vicente Vuolo (antiga Ferronorte) até Cuiabá e depois até Sorriso e da Ferrogrão de Sinop até Miritituba (PA) vai possibilitar o aumento da produção em Mato Grosso, que atualmente já responde por mais de 25% da safra de grãos do país.

Com a ampliação da ferrovia, o escoamento será facilitado e deve acelerar o procedimento de industrialização do Estado. A melhora na logística, de acordo com os defensores dos projetos, fará com que o Estado agregue valor à produção e não tenha que negociar sementes e insumos in natura.

Todas essas questões voltam à mesa de debates no Fórum Ferrovias e a Integração dos Modais, que será realizado amanhã (23) em Nova Mutum (a 269 km de Cuiabá). Autoridades nacionais debaterão o assunto, considerado principalmente pelo setor produtivo um dos gargalos do estado.

O presidente do Fórum Pró Ferrovia, Francisco Vuolo, explica ao que o encontro faz parte de um calendário de ações que tenta promover a discussão sobre a diversificação de modais em Mato Grosso, que é dependente das estradas e dos caminhões.

Ele afirma que com uma logística mais inteligente, o Estado conseguirá se tornar mais competitivo a nível nacional e internacional. "Ocupamos apenas 9% da nossa área para a agricultura. Se melhorarmos a questão da infraestrutura, teremos capacidade para produzir no futuro o que o país inteiro produz atualmente", diz Vuolo.

A produção de grãos no Estado nesse ano registrou um recorde, ultrapassando 60 milhões de toneladas. A atual instalação da Vicente Vuolo - que tem pouco mais de 300 km de trilhos em Mato Grosso e que chega através de trechos de outras concessões até Santos (SP) - é capaz de escoar 25 milhões de toneladas, menos até do que a produção de milho, que ultrapassa 28 milhões de toneladas.

Com a extensão até Cuiabá, a possibilidade de escoamento do modal aumentaria em mais pelo menos 8 milhões de toneladas. O Fórum Pró Ferrovia ainda lembra que conclusas as obras, as linhas férreas permitiriam um fluxo de produtos a serem transportados de São Paulo para Mato Grosso – chamado de carga de retorno. Eles defendem ainda que chegada da ferrovia à Capital é importante porque a cidade é abundante em fornecimento de energia, já que possui um gasoduto, tem um parque industrial instalado, é o maior centro distribuidor de produtos e está uma posição estratégica para o escoamento da produção para o oeste, norte, leste e sul da América do Sul, já que é o Centro Geodésico do continente.

O prefeito de Nova Mutum, Adriano Pivetta (PDT), pontua que a discussão também envolverá empreendimentos do setor de transportes e dirigentes do agronegócio estadual, como o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Endrigo Dalcin. Ele defende a importância do encontro.

"Sabemos dos grandes gargalos que temos em relação à logística para escoarmos nossa produção, precisamos buscar novas alternativas e mesmo diante do cenário de crise, vejo que é possível seguirmos com esse debate para que Nova Mutum entre na rota das discussões e no futuro tenhamos em nossa cidade um porto seco", argumenta.

Entre os presentes estarão o governador Pedro Taques (PSDB); Neri Geller, secretário nacional de Políticas Agrícolas; Paulo Rabello de Castro, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Jorge Luiz Bastos Macedo, diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Além da Ferrovia Vicente Vuolo, estará na pauta do evento a Ferrogrão, cujos projetos já estão mais avançados. O modal já tem estudos de leilão, lançados pela ANTT em outubro e deve interligar Sinop e Miritituba (PA), município que tem um porto que funciona como um dos principais destinos de escoamento da produção agrícola mato-grossense para o mundo.


Em Destaque
Notícias da Ferrovia
Search By Tags
Nenhum tag.
Follow Us
  • Facebook Classic
  • Twitter Classic
  • Google Classic
bottom of page