Taques e Alckmin discutem avanço da ferrovia
Líderes do PSDB somam forças para que o projeto de expansão da Ferronorte interligue Rondonópolis até a região Norte do Estado passando por Cuiabá. Nesta quarta-feira (15), uma reunião entre o governador Pedro Taques e o governador Geraldo Alkemin, contou com a presença do presidente da sigla em Mato Grosso, deputado federal Nilson Leitão. O encontro foi realizado no Palácio Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.
A articulação encabeçada por Nilson Leitão, que também é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária na Câmara Federal (FPA), passa pela aprovação da Medida Provisória 752, que estabelece diretrizes gerais para a prorrogação e a relicitação dos contratos de Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) em rodovias, ferrovias e aeroportos da administração pública federal.
A estimativa do deputado é que a MP seja votada até maio deste ano, e tenha como principal consequência a redução dos custos de outorgas, que são valores pagos ao governo federal como compensação pela liberação de exploração de serviços, cuja prerrogativa de regularização é do poder Executivo Federal.
Nilson Leitão já articula com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a realização de uma audiência para debater a ampliação do prazo de outorga de expansão da Ferronorte, para que o projeto consiga capitar mais recursos e ser beneficiado com os efeitos positivos da MP 752, o que por já contabiliza cerca de R$ 1 bilhão só em recursos que poderão ser investidos na ampliação da ferrovia e não gastos com os tramites burocráticos, que por ora oneram os investimentos no país. O valor total ainda está sendo contabilizado.
A Ferronorte conta com terminal intermodal de cargas em Rondonópolis, Alto Taquari, Alto Araguaia e Itiquira. O volume transportado entre Mato Grosso e o Porto de Santos é de cerca de 30 milhões de toneladas, principalmente de soja e milho, número que pode chegar a 75 milhões de toneladas se a ferrovia chegar ao Norte do Estado.
Também participaram da audiência o diretor da Rumo, Júlio Fontana Neto e o CEO da Cosan, Marcos Lutz e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, em Mato Grosso, Antônio Carlos Borges Garcia (Catonho), ex-presidente da FIEMT e entusiasta do projeto da ferrovia.